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Acupuntura

Acupuntura é uma terapia milenar originária da China, que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo para tratar doenças e para promover saúde. Estas agulhas, quando aplicadas sobre algumas regiões específicas são capazes de tratar diversas doenças físicas ou emocionais como sinusite, asma, enxaqueca ou artrite por exemplo, além de melhorar o sistema imunitário.

A inserção das agulhas de Acupuntura estimula as terminações nervosas existentes na pele e nos outros tecidos, enviando desta forma mensagens até ao cérebro, o que desencadeia diferentes efeitos no corpo, como ação analgésica ou anti-inflamatória, por exemplo. Existem diversas comprovações científicas de que a acupuntura funciona mesmo, porém no Brasil ela só deve ser utilizada como forma para complementar o tratamento clínico orientado pelo médico

 

As origens da Acupuntura perdem-se no tempo. Evidências arqueológicas permitem supor que a técnica era praticada no continente asiático, há mais de cinco mil anos.

Na tradicional medicina chinesa, mestres antigos ensinavam que a doença e uma alteração das funções do corpo ou desgaste deste, provocado por fatores externos, como frio, calor, umidade, fatores emocionais, nutricionais ou envelhecimento. Por meio da acupuntura seria possível a recuperação da saúde.

Todos sabemos que, na Antigüidade, as doenças eram tratadas com os meios então disponíveis, como dietas e chás (infusões de ervas), “agulhamento” (acupuntura); e, mais tarde, manipulação vertebral e massagens (Tui-Na), exercícios respiratórios, com ou sem movimentos corporais (Qi Cong) e exercícios adaptados da arte marcial (Tai Chi Chuan). Estes e outros métodos de tratamento respaldados no conhecimento da medicina primitiva desenvolveram-se e foram interpretados, ao longo dos séculos, à luz de crenças subjetivas e filosóficas, inseridas no contexto cultural de cada época.  Durante a dinastia Tang (618-907 d.C.), a acupuntura ganhou grande destaque, com a fundação do Colégio Imperial de Medicina, onde se formaram, oficialmente, os primeiros médicos acupunturistas.

Foi durante o reinado da dinastia Ming (1368-1644), porém, que a MTC atingiu seu apogeu, ao reconhecer e delimitar as diferentes áreas de atuação do médico, como pediatria, ginecologia, clínica geral, ortopedia-traumatologia, psiquiatria, medicina legal, doenças febris (moléstias infecciosas), fitoterapia, acupuntura e Tui-Na (manipulação vertebral e massagem), que correspondem a especialidades médicas atuais (excetuando-se a última, o Tui-Na) No decorrer dos quase três séculos (1644 -1911) posteriores à dinastia Ming e durante a dinastia Ching, registra-se o declínio paulatino da acupuntura, que se inicia com a exclusão do seu ensino nas universidades. Simultaneamente, a influência da Medicina Ocidental amplia-se e acentua-se no século XIX, quando da descoberta de novos procedimentos de diagnóstico e de novos fármacos (medicamentos alopáticos), utilizados no tratamento e combate de doenças e epidemias, provocando um grande impacto nos meios acadêmicos chineses, por que eram muito mais eficazes em casos de doenças agudas.

Desde 1944, o então líder Mao Tsé Tung já proclamava a diretriz de integração da MTC com a medicina ocidental. Após a proclamação da República Popular da China em 1950, o próprio Mao insistia no trabalho conjunto dos profissionais da MTC e os da medicina ocidental. A partir da década de 1950, os médicos cirurgiões constataram que a acupuntura provocava efeito analgésico, tanto no procedimento cirúrgico como no pós-cirúrgico, fato que marcou o início da anestesia pela acupuntura.

Uma importante mudança na evolução histórica da acupuntura foi provavelmente em decorrência do seu reconhecimento oficial, em 1955, quando a MTC passou a ser igualada à medicina científica ocidental. Essa reforma conceitual tinha os seguintes lemas:

“A sabedoria antiga deve ser aproveitada, integrando-se a medicina ocidental à nossa medicina”

“É de muita importância eliminarmos os conceitos antigos e inúteis, e apresentarmos inovação na medicina tradicional chinesa”.

Em 1958, os médicos formados em medicina ocidental foram convocados para aprender a MTC. A partir de então, a acupuntura passou a ser praticada levando-se em consideração os conhecimentos e avanços da medicinal ocidental, abrindo a possibilidade de realizar novos estudos e pesquisas científicas na China. Em 1966, o estudo da anestesia por acupuntura era assunto de interesse do governo chinês, levando à difusão dessa técnica na década seguinte. No período de 1949 a 1977, totalizaram-se cerca de 8.000 artigos sobre pesquisas clínicas. De 1970 a 1983, foram publicados mais de 2.000 trabalhos científicos sobre o mecanismo de ação da acupuntura e da anestesia por uso dessa técnica. Atualmente, existem dezenas de revistas médicas relativas a acupuntura, algumas das quais traduzidas para outros idiomas.

Evidências científicas acumulam-se acerca da eficácia da acupuntura, e a explicação de seu mecanismo de ação está sendo pesquisada em muitos centros médicos do mundo, incluindo Escolas Médicas e Hospitais Universitários na China e no nosso próprio país. No Brasil, a acupuntura foi recentemente considerada uma especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Atualmente a Acupuntura e MTC, fazem parte do programa de Saúde PICS do SUS, quase todos os convênios do pais aceitam a acupuntura pois a mesma e é considerada como medicina complementar

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A acupuntura trata diversas doenças, exemplos

·         Respiratórias - bronquite, sinusite, asma, dores torácicas, faringite, amidalite

·         Gastro - gastrite, dor de estomago, queimação, azia, flatulência, náuseas e vômitos, ulcera, enterite, hemorroidas, diabete

·         Afecções Físicas - artrite, artrose, espondeodelite, bursite, tendinite, fascite plantar, gota, dores de coluna, lombalgia, cervicalgia, ciatalgia, ciatico

·         Pele - Acne, psoríase, alergias

·         Coração - Hipertensão, hipotensão, angina, doença cardio-pulmonar

·         Fígado e Vesícula - hepatite, cólica biliar

·         Sistema Urinário - infecção de urina, retenção de urina, inchaço, incontinência urinaria

·         Sistema Circulatório - excesso de gordura no sangue, mãos e pés frios, dor tromboflebite

·         Sistema Nervoso - Enxaqueca, AVC, tontura, neuvralgia do trigêmeo, bexiga neurogênica, coma, arteriosclerose, paralisia facial

·         Sistema Emocional - Depressão, bi polaridade, crise de pânico, esquizofrenia, ansiedade, estresse

·         Afecções de Cabeça  - dores de cabeça, ATM, extração de dente, espasmo facial, dor mandibular 

·         Sistema Reprodutor Masculino - Ejaculação precoce, inflamação da próstata, impotência

·         Sistema Reprodutor Feminino - Mioma, Ovário policístico, distúrbio da menstruação, infertilidade, distúrbio da menopausa, obstrução das trompas, problemas ocasionados durante a gestação, deficiência do leite materno, pós parto, estimulo do parto normal, TPM, 

·         Endócrino - diabete, obesidade

·         Estético - celulite, rejuvenescimento, gordura abdominal

·         Além desses exemplos, temos uma melhora considerável na área infantil das doenças infantis, dependência química, no tratamento de câncer e muitas outras patologias..​

A MTC é reconhecida pela OMS desde 1970 e no Brasil ela também faz parte do programa nacional de medicina complementar do SUS (PNPIC) e é autorizado conforme a portaria 971/2006.

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